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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A VENCEDORA

A jovem Eduarda Gadelha foi chamada na sala do editor chefe:
-Só tem uma semana que você está aqui e já me causa um problema desses – reclama seu chefe, um senhor calvo e de bigode. Sem entender muito bem, a moça perguntou do que tratava. Apontando para um jornal, esse senhor chamado Constantino Veiga, mostrava fotos de uma viatura de polícia empoeiradas. Era uma matéria feita por Gadelha, que denunciava a falta de combustível.
-Mas é verdade – ponderou a moça.
-Se você voltar a fazer isso, eu te demito!
Muito sentida com a situação, ela desabafa com o colega de redação. O rapaz, que atende por Miguel, tentou confortar a moça dizendo que lá as coisas funcionavam daquela maneira.
-Mas não foi para isso que me formei.
-Eu sei que não. Porém, o mercado de trabalho é diferente da faculdade. - ensinou o repórter. Em seguida, o rapaz insinuou para ela, e tenta marcar um encontro, mas a moça não dá qualquer resposta.

Já tinha mais de 3 meses que Eduarda trabalhava no jornal, quando ela foi surpreendida por um envelope sob a sua porta. Curiosa, olhou rapidamente para ver do que se tratava. Eram extratos bancários de uma conta no exterior, em nome de um dos cunhados do prefeito. Também havia congrulação direcionada a ela, pela matéria sobre as viaturas do interior. Durante vários dias, Eduarda ficou pensando na sua situação. Ela se questiona se publicava ou não a matéria. Outra questão que mexia com a moça era o assédio do colega de trabalho. Apesar de bonito, não conseguia transmitir segurança para ela. Após muito se torturar em pensamentos, ela chega a uma conclusão. No dia seguinte, ela foi normalmente para o trabalho.

Naquela mesma semana, Eduarda fez uma ligação,marcando às 21:00 horas do mesmo dia. O editor chefe vivia a expectativa da compra do jornal concorrente, por intermédio do veículo que ele trabalhava. Estes boatos também mexiam com a cabeça de Miguel, que sonhava em assumir uma editoria. As coisas pareciam começar a dar certo pro rapaz, pois após muita insistência de sua parte, Eduarda aceitou seu convite para sair, tiveram uma noite inesquecível.

Chegou o dia da festa de aniversário do periódico. A cidade de Monte Azul parou. O dono do jornal havia divulgado que teria uma grande novidade nesta comemoração. Ao subir no palanque, os funcionários do jornal já brigavam pelos cargos do novo veículo. O chefe fez muito mistério até revelar que Eduarda era a nova editora chefa. A notícia deixou todos perplexos e sem conseguir compreender. Afinal, ela mal havia saído do período de experiência. Inconformado com a situação, Constantino procurou o dono para tirar satisfação. Foi informado que o motivo de sua demissão era a publicação da matéria sobre as viaturas, da qual tinha o prefeito desaprovando-a. Ele tentou justificar dizendo que a moça tinha se mostrado mais forte, pois conseguiu publicar mesmo desagradando seu chefe. Ainda naquela noite, a jovem jornalista recebeu cumprimentos e elogios pela rápida ascensão. Nos dias seguintes, Miguel voltou a pro cura, porém, seu principal objetivo agora era outro: conquistar uma editoria. O rapaz jogou seu charme para cima da moça novamente, porém, agora a ação não surtiu efeito desejado. Dessa vez, a moça mostrando autoconfiança, recusou a sua investida e ainda o surpreendeu quando disse que ela tinha apenas o interesse de experimentá-lo, portanto não o queria mais. Esbanjando prepotência e cuspindo marimbondos, o repórter deixou a sua sala. Naquela mesma noite ao chegar a casa, Eduarda tomou um demorado banho quente e depois pegou seu celular e sentou-se em uma espreguiçadeira em sua varanda. Com calma discou oito números no celular.
-Alô, Dr. Ubaldo, aqui é a Eduarda. Foi um prazer negociar com o senhor. Deu tudo certo, até a próxima.

Acadêmicos: Bruna, Vinícius, Wanderson, Gerliézer e Michelly

3 comentários:

  1. ...Após ter feito a ligação, para o DR.Ubaldo, Eduarda foi se repousar como de costume, porém não estava tudo na devida ordem.
    Ao se deitar, Eduarda ouve barulho de tiros e passos no quintal, e ela disperta pressentindo o mal.
    Com o coração apertado ela se desesperae sai ao encontro da morte...ainda na madrugada, a polícia é acionada, e junto com ela o Instituto Medico Legal (IML) para recolher o corpo, perfurado na cabeça, com um só tiro, porém um tiro certeiro, que colocou fim na carreira da jovem Gadelha.
    Ao amanhecer, em uma região mais afastada, a cidade fica abalada, com duas mortes ocorridas em uma só noite, anunciadas no jornal local, a perda de uma jovem jornalista bem conceituada e junto com ela da mesma forma cruel, com um tiro certeiro ao centro da cabeça, o prefeito da cidade de Céu Azul.
    Do outro lado da televisão, sentado em um sofá, miguel tomando cerveja, fumando um charuto cubano, em meio gargalhadas, afirma ao telefone que ocorreu tudo bem, e que gostaria de receber a primeira parte do combinado em dinheiro, e que estava ancioso para encontrar-lo. Afirmou também a pessoa até então anônima, do outro lado da linha, que precisava ser urgente, pois o assunto tratava de negócios, negócios jornalísticos...




    Wanderson Thomaz de Andrade 1º Período, Jornalismo.


    PS: Um dos possiveis fim para esse drama, ou apenas mais clímax para o desfecho da história...fiquem a vontade, para uma próxima postagem.

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  2. Do outro lado da linha Dr. Ubaldo responde:
    - até a proxima não querida, até aqui dois minutos. Dê um jeito de comparecer no meu apartamento que preciso te mostrar algumas coisas.
    - Mais agora?
    - é para ontem!
    Seguindo a ordem a mesma dirigiu em direção a residência de Dr. Ubaldo. Desceu do carro com os cabelos cobrindo-lhe o rosto, tocou a campainha e...
    - Entre.
    -Mais o que te deu? disse Gadelha
    - Calma! te chamei aqui para te mostrar quem é vencedor.
    - como assim? que papo é este agora?
    - Você aceita um uísque?
    - Não obrigado! quero que diga logo o que quer, pois não é bom que alguém nos vejam juntos a uma hora destas.
    Dr. Ubaldo prepara dois uísques, porém, um deles é envenenado.
    - tome um pouco para relaxar.
    ( Gadelha pega o uísque)
    - Você sabe que te dei a oportunidade de crescer aos olhos alheios, não sabe?
    - Sim...
    -Sabe que uma mão lava a outra não sabe?
    - Sim...
    -Sabe que eu te fiz crescer em dois segundos e gasto apenas um para te derrubar não sabe?
    - isto é uma ameaça Dr. Ubaldo?
    ele saca um revólver e diz a ela:
    - bebe o uísque.
    - Não seu louco!
    - bebe vagabunda!
    NOTICIARIO DO DIA SEGUINTE: JORNALISTA GADELHA É ENCONTRADA MORTA AO LADO DE DR. UBALDO

    POSTADO POR NAYARA S.ALVES 6º JORNALISMO - OPTATIVA REDAÇÃO CRIATIVA

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  3. [meio da história e clímax]

    - Ok, Srta. Gadelha. Eu é que agradeço, sabe que obtive ainda mais vantagens que você.
    Telefones no gancho simultaneamente, sem mais delongas. De um lado o suspiro aliviado e relaxado de Eduarda, de outro a maliciosa risada de Ubaldo.
    Como era uma cidade pequena e tradicional, em Monte Azul os assuntos 'voavam', de forma que Eduarda, filha da comunidade, mas criada em cidade grande se tornou a atração principal das línguas de fogo e várias histórias sobre sua rápida escalada profissional foram elaboradas.
    O fato mereceu um editorial do jornal concorrente que concluía assim: "Talvez nunca se saiba se a tal editora da concorrência é mesmo uma psicopata gananciosa ou simplesmente uma sortuda, há quem diga que ela apela pra magia negra e se tornou uma bruxa."
    As bocas maldosas da cidade diziam coisas até piores.
    - Apenas alimentam minha fama, falando bem ou mal. - retrucava ela quando alguém cutucava.
    Certa vez um adolescente afirmou ter escutado, desintencionado, uma conversa entre Eduarda e algum dos aparentados do prefeito. Eles trocavam dizeres como meros negociantes, mas ao fim do bate-papo, aconchegando-se num beco, um abraço, um beijo, uma pegada e a truncada... sexo selvagem e rápido entre os negociantes.
    Ninguém creditava o fato, mas era verídico. O moço da cena é um dos cunhados do prefeito que fora o financiador do golpe... golpe? Sim.

    postado por João Damasio.




    [desfecho e final da história]


    ... ao fim daquela noite sem sono, depois do arranca-rabo que tomou de seu editor chefe, Eduarda se decepciona e compartilha o fato em um site de relacionamentos na internet quando descobre que contara seu drama a um conhecido empresário da cidade, o Dr. Ubaldo, que então lhe propõe parceria num golpe que retomaria o poder das mãos dos tradicionais conservadores daquele jornal. Eis que surge o cunhado do prefeito que financia toda a jogada mesmo contra a concordância com o próprio prefeito, seu 'aparentado'. O plano se impôs perfeitamente: Eduarda assume a editoria, Ubaldo reassume o jornal que um dia lhe pertenceu (sim ele fora o comprador) e o cunhado do prefeito ganha aliados para derrubá-lo do poder com o imenso poder exercido pela mídia local agora estabelecida pelo arquitetônico plano entre os três 'excluídos'.
    Miguel se cansara de tornar-se então um excluído de seu meio e se sucedeu bem na cidade grande, enfim. Constantino Veiga quase sofrera uma tentativa de exílio, mas permanece na cidade nos porões tentando armar a retomada do poder na pequena, mas apimentada Monte Azul.
    Na semana seguinte já haveria novos conflitos reinantes perante as mentes da comunidade e ninguém mais se lembrava das especulações. Agora Eduarda era a poderosa Dona Eduarda, que vivia na mansão dos Gadelha, agora com um novo membro na família, o ex-cunhado do prefeito.
    Dois anos depois Dr. Ubaldo fora assassinado, mas isto é muito pano pra manga... e quem poderá dizer se o passado de armações influenciara ou não na sua transição de 'homem para presunto'?

    Postado por João Damasio.

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